domingo, 14 de agosto de 2011





Fátima Irene Pinto


Há pessoas que não se vergam, que não se dobram, que não se inclinam.

Não porque tenham um caráter varonil, mas porque são incapazes de qualquer sentimento de empatia, de compreensão, de compaixão ou de bondade.

São incapazes de admitir um erro, mesmo diante das conseqüências desastrosas que seus atos acarretam.

São incapazes de pedir desculpas, mesmo diante do inequívoco agravo causado a outrem.

São os tiranos e tiranas da mentira, ainda que a verdade, pudesse resultar em bênçãos libertadoras para todos.

Tiranos e tiranas do silêncio, ainda que uma única palavra pudesse desfazer todas as mágoas e restabelecer o entendimento e a paz.

Tiranos e tiranas da inveja que se comprazem em armar ciladas àqueles que tem em abundância, aquilo que julgam lhes faltar.

Tiranos e tiranas da calúnia que com línguas ligeiras e ferinas denigrem num único gesto, o santuário de integridade que uma pessoa pode ter levado a vida toda para construir.

Tiranos e tiranas do cinismo e do humor grotesco em deboche crônico, reduzindo valores inestimáveis ao nível da sua própria insignificância.

Tiranos e tiranas da ingratidão que devolvem espinhos às mãos que lhes ofertaram flores.

Opressores e opressoras hipócritas que confundem suas vítimas com sorrisos amplos e lisonjeiros, enquanto pelas costas estão a tramar toda a sua desdita.

Senhor... livra-me da ação maléfica destes seres empedernidos, mas livra-me, acima de tudo, de por um momento sequer, a despeito de qualquer circunstância, engrossar a fileira tenebrosa dos IMPLACÁVEIS.

Autora do Livro "Momentos Catárticos"

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